Textos de João Preizal - 2011

Um site criado pelo João Preizal de 2011, com a intenção de colocar todos os seus textos feitos durante o 6º ano!

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Olá, sou o João e estes são os meus textos:

 

  

 
Olá! Eu sou um chorão, aliás sou o chorão mais velho de Portugal. Hoje fiz 400 anos, mas ouvi dizer que já estou muito velho e é preciso cortarem-me porque se não qualquer dia apodreço e depois já ninguém faz vida de mim. Bem, antes de continuar com o presente vou ao passado para verem o que eu já passei:
Tudo começou no tempo de D. Filipe ll (rei de Espanha e de Portugal) no ano de 1611. Um menino do povo viu uma pequena e insignificante semente que era eu! Enterrou-me e eu nasci com toda a minha força! No ano seguinte já tinha 3 palmos de altura, ainda era pequeno mas já suportava frio, o calor, geadas, nevões…
Num dia com muito calor acordei com um barulho imenso. Era o meu amigo povo que se estava a revoltar com o dito rei. Estiquei as minhas raizes e os meus ramos e agora estava acordado. Na altura não estava a perceber o que se estava a passar mas depois vim a saber que era a revolta manuelina. Com cinquenta e um anos já tinha visto uma revolução, a minha vida já estava a ser má.
Aos cem anos vi o rei D. João V a ir no seu coche de ouro para Lisboa.
Com duzentos anos vi outra revolução: a revolução francesa. O general que ia à frente é o Massena e a sua alcunha era o maneta porque ele já tinha perdido um braço.
Vocês devem estar a pensar que sendo uma árvore devo saber pouca coisa mas eu devo saber tanto como as páginas de um livro.
Retomando à minha vida! Eu era uma árvore já velha mas só tinha visto revoluções e mais revoluções ou então havia problemas em Portugal. Já vivemos muitas revoluções mas a que me emocionou mais foi que o raio dos ingleses vieram mandar para Portugal.

 

 

Continuação

 

 Vou continuar a história da minha vida. Fui reciclado e transformado numa mesa de escritório. Fui coberto por um líquido e quente que depois se tornou duro. Fui para uma montra... chegou-se a noite e não foi que acordei com um: pip-pip-pip-pip-pip muito alto e... trrrsss um vidro a partir e a seguir bummmmmmm arrebentou com tudo, já parecia o terramoto de 1755. A loja foi à falência, eu e os meus amigos estávamos “desfeitos”, agora como íamos a ser comprados, até que um dia muito estranho (estranho como, parecia que aquele dia ia a ser diferente dos outros). A loja vandalizada foi comprada por um senhor muito rico e fui levado para sua casa. Ao outro dia era véspera de Natal estava tudo enfeitado, e, começaram a vir os convidados, ao todo eram para ai uns duzentos, trezentas pessoas. Eu estava a um canto, mas não era um canto qualquer, eu conseguia ver toda a gente, as que entravam e as que saiam. Acabou-se a festa e os convidados foram-se embora e eu fui dormir. Acordei com o barulho que parecia vir de outro mundo, eram os meus novos brinquedos, pois que ele só tinha brinquedos no 3ª andar e não 2ª, onde eu estou. Conheci quatro amigos: o Ruca o peluche, o Slasor o carro de corridas, a Doli a ovelha e um cão não tinha nome. Foi uma pena, ele tinha de levar os brinquedos para o sótão, eles arranjaram uma maneira para eu ir com eles e fui. Nos anos do Rodrigo (nome do meu dono) quando ele fazia 18 anos enquanto recebia os convidados dois pequenotes partiram-me o que vale é que só me partiram uma prateleiras, o Rodrigo ficou muito triste e então levou-me para o meu antigo sitio para assim saber que ninguém me mexia ou então partir-me. Já vos disse que ele gostava muito de mim, não, lembram-se de vos ter dito que eu estava num sítio que conseguia ver toda a gente, pois é, ele meteu-me naquele sítio porque era muito importante para ele e também fui a única mesa de escritório dele. Continuando. Perdi os meus 4  amigos quanto a esta história. Bem, agora já mais ninguém me parte, pensava eu... a sua irmã a Ana decidiu ir a buscar um boneco do meu dono e subiu para cima de mim e comecei a estalar e bummmm, eu parti-me. O Rodrigo ficou mais triste do que a outra vez e eu todo desfeito fui para o lixo para ser reciclado.
Até outra aventura.